Ana Maria Magalhães: “ler é importante para nos entendermos a nós mesmos”
“ – Teresa! Luísa! Venham cá!
As gémeas viraram-se para trás ao mesmo tempo e viram os amigos à porta da sala de aula.
(…)
– Vamos aproveitar enquanto os outros andam lá fora.
– Aproveitar para quê?
– Para uma conversa secreta”.
Começa assim mais “Uma Aventura” que reúne o elenco de sempre – as gémeas Teresa e Luísa, Pedro, Chico e João – pelas mãos das autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.
Foi em 1982 com o livro “Uma Aventura na Cidade”, que teve início a saga famosa entre miúdos e graúdos. Desde aí os 60 títulos desta coleção tiveram já mais de 700 reedições e um total de vendas superior a oito milhões de exemplares.
“Uma Aventura” além de contribuir para a divulgação do património cultural junto dos mais novos, também promove os benefícios da leitura pelas mãos de duas autoras portuguesas.
“Conheci a Isabel Alçada em 1976 quando realizamos um estágio juntas, em Lisboa. Começamos por escrever vários conteúdos para os nossos alunos do segundo ciclo, ‘Uma Aventura’ partiu da ideia da Isabel”, afirma Ana Maria Magalhães.
O processo de escrita é focado em manter-se o mesmo desde do primeiro livro.
“Escolhemos o sítio onde irá acontecer a próxima aventura, visitámo-lo para escrevermos a história com coerência, pesquisamos sobre o local e depois o ponto de encontro é sempre o mesmo: em minha casa. Fazemos o plano da história e, com a Isabel ao meu lado, começamos a escrever. As nossas ideias conjugam-se perfeitamente”.
De 60 aventuras, a mais marcante para a escritora Ana Maria Magalhães, foi a que aconteceu em plena Amazónia.
“Decidimos arriscar e viajamos até lá. É um espaço completamente diferente ao que estava habituada. É singular e deslumbrante”.
“Uma Aventura no Palácio das Janelas Verdes” é então o mais recente livro da dupla com uma história arrepiante:
Chegou à escola uma nova colega, a Flora, que convida o grupo a representar para um concurso a peça de teatro O Cavaleiro sem Cabeça, peça essa ligada a uma terrível maldição.
Quando estavam nos ensaios em casa do tio de Flora, o Emanuel, que além de colecionador de arte era também inventor, descobriu um spray que fazia derreter as coisas. Acontece que contratou um grupo de malfeitores para, no Palácio das Janelas Verdes, utilizar o seu spray e destruir alguns quadros para que os seus passassem a valer mais. O grupo de malfeitores decidiu trair o tio Emanuel e ameaçar o diretor do Museu de que ou lhes entregavam uma avultada quantia ou destruiriam as obras de arte lá expostas. Mas, no meio de uma grande confusão, será que os habituais cinco heróis vão resolver o assunto?
Encontre este e os restantes livros da saga na FNAC ou Bertrand do nosso Centro e ofereça ao mais novo lá de casa no Dia da Criança.
Mas se já estiver a pensar qual será o próximo enredo nós desvendamos um bocadinho: será “Uma Aventura no Fundo do Mar”.
Ansioso? Enquanto espera diga-nos: Qual foi, até hoje, a Aventura que mais gostou?