Keith Haring, o artista que juntou o ativismo à arte

De 10 de setembro a 10 de novembro, o CascaiShopping recebe uma exposição de homenagem a Keith Haring. Curioso? Espreite o nosso artigo e descubra tudo o que por lá pode encontrar.

15 anos depois da sua última exposição em Portugal, o icónico artista dos “bonecos” virais que invadiram a cultura popular está de regresso ao nosso país. Durante dois meses, o CascaiShopping será o palco da mostra “Keith Haring. Entre a arte, o ativismo e a moda”, que tem como embaixador e porta-voz o estilista Dino Alves. São 17 as obras originais de um dos artistas mais importantes da década de 1980 que vai poder ver no nosso Centro e que o vão levar numa viagem pela imaginação do artista. Mas há mais, muito mais.

Além destas obras, estarão ainda expostas criações de estilistas, inspiradas nos trabalhos de Haring e ainda uma réplica do emblemático casaco que Madonna utilizou na festa de anos do artista, na Paradise Garage, em 1984. E apesar da exposição inaugurar apenas a 10 de setembro, as homenagens a Keith Haring começam já no dia 3. Nesse dia, o artista português AkaCorleone estará no CascaiShopping a transformar, ao vivo, uma réplica de uma carruagem de comboio com padrões inspirados na arte de Haring.

Já no dia da inauguração, o nosso Centro será palco de uma live performance inédita: a modelo Sharam Diniz estará presente para uma sessão de body painting, à semelhança do que Keith Haring fez, em 1987, com a supermodelo e cantora Grace Jones. A acompanhar esta performance estará um bailarino, igualmente coberto com padrões inspirados nas obras do artista.

As homenagens a Keith Haring não se ficam apenas pelo CascaiShopping e vão sair à rua. AkaCorleone, em parceria com a CP e a Infraestruturas de Portugal, irá também decorar, inspirando-se na arte de Haring, um comboio da Linha de Cascais e a estação de comboios da vila, transformando-a numa verdadeira galeria.

Quem foi Keith Haring?

Haring nasceu em 1958 e foi um dos mais importantes artistas e ativistas norte-americanos. Durante os anos 80, o artista levou a arte para as ruas de Nova Iorque, utilizando a Pop Art e o Graffiti. Pintou murais em vários países, colocou faixas luminosas no Times Square, criou cenários para peças de teatro, desenvolveu campanhas publicitárias e produtos, tudo com o objetivo de levar a arte ao maior número de pessoas possível, democratizando o seu acesso.

Mas os famosos “bonecos” criados por Haring – imagens que se tornaram virais e são hoje utilizadas em todo o tipo de objetos, fazendo parte da cultura popular – são muito mais do que apenas “bonecos”. O artista passou grande parte da sua curta carreira a criar obras públicas com mensagens sociais associadas, abordando temas tão importantes como a repressão étnica, a homossexualidade e a SIDA.

Keith Haring morreu em 1990, com apenas 31 anos, vítima de complicações do vírus HIV.

 

 

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