Guia para uma dieta feliz

O meu peso nunca foi algo que me preocupasse por aí além. Cresci no percentil 50, portanto do mais mediano que podia haver. Sempre fui a mais nova da turma e consequentemente a mais pequena, mas apenas porque entrei na escola com 6 anos – o meu aniversário é em dezembro.

Foi apenas quando passei pela puberdade que senti uma diferença real no meu corpo. A reação do meu corpo aos meus hábitos alimentares e ao exercício que sempre pratiquei com alguma regularidade. Aos 17 anos passei por uma fase muito boa a nível de cuidados alimentares e exercício, estava com o corpo que queria. Agora, uns anos mais tarde, sinto-me bem quando acordo, desinchada, efeito do jejum noturno mas cai tudo por terra quando como o meu croissantzinho de cereais misto e o meu suminho multivitaminas.

Reforço que o meu peso não é algo que me preocupe. O importante é fazer exames no nutricionista ou no ginásio onde ande, com aquelas balanças que fazem medições a tudo e são capazes de nos indicar qual a nossa percentagem de massa gorda e de massa muscular, para sabermos de que forma podemos diminuir a primeira e aumentar a segunda.

Quero ter uma imagem que agrade, mas mais do que agradar os outros, quero que me agrade a mim.

Quando somos bem-sucedidos nesta tarefa até podemos observar um aumento de peso, isto porque a massa muscular é mais pesada que a massa gorda. Daí eu dizer que o peso, por si, não é uma medida com a qual me preocupe por aí além. Estou mais leve do que estava há 2 anos atrás, mas há dois anos os meus hábitos a nível de alimentação e prática de exercício eram bastante superiores aos meus atuais – que são praticamente nulos.

E eu sei que o peso é sempre aquele assunto de que falamos incessantemente e, sendo nós uma sociedade virada para a imagem e para o aspeto físico, quero distanciar-me da ideia de que é para mim uma preocupação apenas pelas expectativas sociais daquilo que o meu corpo deve ser. Como em tudo, quero de certa forma agradar. Quero ter uma imagem que agrade, mas mais do que agradar os outros, quero que me agrade a mim. Quero voltar a ter hábitos saudáveis porque me sinto com mais energia, com mais força, mais atenta e mais eu quando o faço.

Partilho consigo algumas dicas que me ajudaram quando quis embarcar numa aventura como esta, de melhoria do meu corpo e mente:

– Escolha um dia que represente um marco, de certa forma, para fazer a mudança. O início de um novo mês, o aniversário de um ente querido, depois dos feriados (porque eu não abdico de comer o cabritinho assado da minha avó por nada).

Se quiser perder peso, estabeleça a sua meta, o seu peso ideal. Se quer observar mudanças no seu corpo, tire algumas fotografias ao seu antes, durante e depois.

– Reserve um dia para ir ao nutricionista de modo a avaliar o seu estado e perceber aquilo que precisa e não, de modo a traçarem um plano de alimentos em conjunto – a moderação é chave, não faça mudanças extremamente radicais, porque a ideia ideal não será fazer um plano de umas semanas, mas sim criar novos hábitos, que prevaleçam e se mantenham;

– Aliado ao cuidado com a alimentação, trace também um plano de exercícios. O único modo de tonificar e aproveitar as vantagens de uma boa alimentação de uma forma visível é exercitar os músculos. Procure um PT no seu ginásio ou faça a sua própria pesquisa e faça exercício ao ar livre ou em casa.

– Comprometa-se efetivamente com a mudança e trace um objetivo palpável: se quiser perder peso, estabeleça a sua meta, o seu peso ideal. Se quer observar mudanças no seu corpo, tire algumas fotografias ao seu antes, durante e depois. Vai ver que com o tempo as mudanças vão ser visíveis e vai gostar de ter tudo documentado.

– Não faça planos que o obriguem a comprometer o seu novo plano – de alimentação ou de exercício. Uma churrascada em casa de amigos, um jantar de rodízio brasileiro ou num all-you-can-eat se calhar não são as melhores opções para si. Vai sentir-se tentado e vai ser mais difícil seguir o seu plano.

– Nada de auto-sabotagem! Procure a melhor altura para si, para fazer exercício e, se puder, combine com alguém para aumentar a motivação de ambos. Pessoalmente, que gosto de fazer exercício na rua, uso algumas aplicações com sugestões de exercícios que não necessitam das máquinas do ginásio.

– Informe as “suas pessoas” de que está a embarcar nessa viagem, para que facilitem a sua vida, ajudem com inspiração e apoio e, quem sabe, se juntem a si!

– Lembre-se com frequência do porquê que o está a fazer- por si.

Eu vou embarcar numa viagem destas em breve, que espero que revolucione os meus hábitos- que podiam ser muito piores, mas precisam de um update!