Afinal, o que se deve comer na Páscoa?
Receita para uma boa discussão: juntar três pessoas de três regiões diferentes do país e lançar para cima da mesa da seguinte pergunta: mas afinal qual é a tradição do almoço de Páscoa? Como diz o ditado, cada cabeça sua sentença e neste caso a unanimidade é um objectivo quase impossível de alcançar. E é por isso que decidimos tentar chegar a uma resposta que possa ser mais ou menos consensual.
Se ainda se lembra dos seus tempos de catequese, sabe que a Páscoa é um feriado religioso que começou por ser uma festa judaica de comemoração da libertação dos egípcios. Nesta celebração, a ceia pascal obedecia a uma ementa específica: cordeiro macho, com um ano, assado inteiro e acompanhado de ervas amargas e pão ázimo, que simbolizava os primogénitos mortos, a escravatura e a pressa na saída do Egito.
Só mais tarde é que os cristãos começaram a festejar a Páscoa, que assinala a ressurreição de Cristo. É marcada pelo fim da abstinência de carne – por isso é que raramente se come peixe na Páscoa, sendo o mais comum comer-se borrego ou cabrito.
Mas ao contrário do que acontece no Natal, a ementa de Páscoa em Portugal não é tão restrita, variando de região para região. No Alentejo, por exemplo, come-se ensopado de borrego, mas o prato principal é o cordeiro. Já no Porto, lombo de boi ou cabrito são os pratos de eleição, enquanto na Beira Litoral, leitão assado ou chanfana são o prato do dia em qualquer casa de família na Páscoa.
No que diz respeito aos doces, os mais típicos em Portugal são o folar, as amêndoas e os ovos de chocolate. Mas há também sobremesas específicas para certas regiões, como o pão de ló do Minho.
E se em Portugal há nuances em relação à ementa pascal, se olharmos para o que se come no almoço de Páscoa em vários países, rapidamente percebemos que há muito mais diversidade do que imaginávamos.
Para conhecer o que se come em cada país, carregue nas imagens abaixo.