Cinema: estreias da semana

“Os Sete Magníficos” regressam ao cinema e Oliver Stone traz mais uma produção de causas que acicata a discussão entre segurança e privacidade.

“Os Sete Magníficos” é um remake do popular western dos anos 1960, de John Sturges, e que agora é trazido ao grande ecrã pelas mãos de Antoine Fuqua. A versão atual mantem certa consistência com o filme original, mas traz a história para uma América contemporânea.

E “Snowden”, o novo filme de Oliver Stone, recai sobre a saga verídica do analista de sistemas que revelou ao mundo o maior esquema de espionagem de todos os tempos. É uma obra que nos leva a repensar os limites da nossa privacidade digital e que fará com que nunca mais olhemos da mesma forma para o nosso telemóvel ou para a webcam de um computador.

Os grandes estúdios cinematográficos recusaram financiar a longa-metragem, segundo Stone. O filme acabou por ser distribuído pela produtora independente Open Road, que em 2015 produziu “O Caso Spotlight” (Óscar de Melhor Filme) – sobre a revelação polémica do escândalo de abusos sexuais de menores por membros da Igreja Católica.

Conheça aqui todas as estreias da semana.

“Os Sete Magníficos”

“Os Sete Magníficos” – Sam Chisolm (Denzel Washington), Josh Faraday (Chris Pratt), Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke), Jack Horne (Vincent D’Onofrio), Billy Rocks (Byung-Hun Lee), Vasquez (Manuel Garcia-Rulfo) e Red Harvest (Martin Sensmeier) – são sete mercenários caçadores de prémios que poderão ser a salvação da cidade de Rose Creek, que se encontra sob o domínio do industrial e vilão Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard).

O filme de Antoine Fuqua (“Dia de Treino”) conta com o selo de produção da Metro-Goldwyn-Mayer Pictures e da Columbia Pictures.

“Snowden”

Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt) é um ex-militar que após sofrer uma fratura fica impedido de continuar o serviço e acaba por ser contratado pela NSA (Agência de Segurança Nacional Americana) como analista de sistemas. Snowden desvenda o programa secreto da agência, que espiava boa parte da população mundial através de complexas redes de vigilância e decide revelar publicamente um dos maiores esquemas de espionagem mundial.

O filme do premiado realizador Oliver Stone (“Nascido a 4 de Julho” e “Platoon – Os Bravos do Pelotão”) é baseado na obra do jornalista do “The Guardian”, Luke Harding, com o título “Os ficheiros Snowden: a história secreta do homem mais procurado do mundo”, e em “Time of the Octopus” de Anatoly Kucherena. Para além da intocável interpretação de Gordon-Levitt, o elenco conta ainda com Shailene Woodley, Scott Eastwood e Nicolas Cage.

A discussão mantem-se sobre se Edward Snowden é um traidor ou um patriota, mas a lente do realizador tende para o “herói nacional”.

“Julieta” 

O realizador espanhol Pedro Almodóvar está de volta com mais um melodrama feminino, onde o peso da tragédia é evidente. As cores vibrantes mantêm-se como uma constante na obra do realizador em contraste com o tom sombrio do enredo.

Julieta vivia em Madrid com sua filha Antía e ambas sofreram em silêncio a perda de Xoan, marido e pai, respetivamente. Agora, não se veem há 12 anos e quando Julieta descobre que a filha regressou às ruas madrilenas, vê-se obrigada a enfrentar o passado e a fazer-lhe uma revelação.

Com Emma Suárez e Adriana Ugarte nos principais papéis, o elenco conta ainda com Rossy De Palma, Inma Cuesta, Darío Grandinetti, Daniel Grao e Michelle Jenner. O filme já foi exibido este ano, no Festival de Cannes e é baseado no conto de “A Fugitiva”, da escritora Alice Munro, vencedora do Nobel de literatura em 2013.

 “Os Visitantes – A Revolução”

“Os Visitantes – A Revolução” é uma comédia de Jean-Marie Poiré, com o duo Jean Reno e Christian Clavier nos principais papéis, numa espécie de Parte III, já que se segue a “Os Visitantes” (1993) e “Os Visitantes da Idade Média” (1998). Nesta aventura, Godefroy de Montmirail e o seu fiel servo Jacquouille la Fripouille viajam no tempo e encontram-se bloqueados numa época cheia de confrontos sociais e políticos – a Revolução Francesa. Nesta época, os descendentes de um e outro parecem estar em contenda.

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